quarta-feira, 29 de junho de 2011

...o vento e a vertigem

http://weheartit.com/entry/11370219
Ninguém gosta da inquietação do amor.
Menos ainda do “não”.
Porque dói, afasta o sono, embaraça os pensamentos, amarrota a alma.
Mas paradoxalmente o “não” nos liberta.
Obriga-nos a arejar a casa, a encarar o novo.
Afinal, quando não dá certo,
a gente aprende a aceitar o vento e a vertigem.


Vi no Eucaliptos na janela

Parágrafo único.

Agora mesmo eu acabo de desligar o telefone. Pra falar a verdade achei tudo muito estranho. E confesso que não sei direito o que falar pra você agora. Talvez fosse melhor não falar. Deixar pra amanhã. É. É isso. Deixar pra amanhã talvez seja o melhor. E eu que só quero o melhor, fico achando que deixar pra amanhã não foi o melhor que eu devia ter feito. Mas é que eu sou inconsequente, as vezes, sabe? Insisto sem saber a hora de parar. E concordei. Fiz que sim porque eu acho que quero cuidar de tudo pra que amanhã eu te encontre, de qualquer jeito, mas com seu jeito tão apaixonante de falar pra mim as “besteiras” mais lindas que alguém já me disse. E é justo nesse momento que já não me importo com qualquer outra coisa que não seja esse diálogo sem sentido, consentido. E é justo nessa hora que tenho uma vontade inexplicável de dizer suavemente de um “jeito romântico” que não tenho que adoro ser eu do seu lado. Pode não parecer pra ti. E eu acho que isso seja normal, até. Mas quando estou com você eu não me escondo. E isso é muito bom pra mim: está do lado de alguém que sabe, de fato, como eu sou. Talvez isso te aproxime, talvez isso te afaste. Torço pra que te faça mais presente ainda em minha vida, mas se assim não tiver de ser, que não seja traumático pra você ter passado na vida dessa menina tão cheia de esquisitices. É que eu sou complicada demais, e infelizmente, sofro por todas as vezes que tenho de assumir isso pra mim e ver as coisas se esvaindo por entre os dedos como quem não fez esforço algum pra proteger o que estava nas mãos. Mas eu estou aqui agora pra dizer que eu me esforço. Que eu quero. Que eu acredito nessa coisa “boba” que eu sinto só de pensar. Eu quero dizer que acredito nessa coisa de gostar tanto, mas tanto, a ponto de deixar livre só pra não carregar a culpa aprisionar qualquer sentimento. Eu tenho medo dessas coisas todas que te disse. Medo de que estas palavras não te cheguem com a mesma profundidade e sentido com que foram digitadas. Medo de que, depois de lê-las, você decida pela distância. Medo de que depois disso, você decida, por si próprio, que estava no lugar errado com a pessoa errada. Olha, não se trata de fim de jogo. De decisão. Se trata de transparência. A confiança que nós construímos me permite dizer essas e outras coisas, embora com medo. E a nossa sintonia (lembra!?) me permite pensar que agora mesmo você vai sorrir. E vai achar que eu sou uma maluca de te escrever essas coisas. Pode achar também que sou uma fraca, que não consegue se abrir como deveria e corre pra digitar qualquer coisa que seja. Mas e ai? Talvez eu devesse deletar o que ja foi dito aqui. Mas não. Eu não quero fazer isso. Quero insistir nesse palavreado “desparagrafado” que já deve estar te fazendo coçar os olhos ou abrir a boca. Mas eu quero insistir só pra ter certeza que eu disse pelo menos um tantinho do que eu precisava. Você me pediu pra não insistir. E eu peço, pra não desistir. Não sei direito o que isso está parecendo pra você. E eu confesso (de novo!) que eu só queria que você soubesse que eu penso tanto em você, mas tanto, tanto...que até mesmo distante você me parece a “companhia” mais presente. Porque sabe dos meus dias, porque conhece minha rotina, porque sabe das minhas febres, da minha saudade...sabe de mim. Gosto de me sentir entendida. Gosto da atenção que recebo. Gosto dos mimos. Gosto do seu jeito desajeitado de dizer que também gosta. Eu gosto de falar “besteira” até que já não exista contra-indicação. Gosto de sorrir à toa. Gosto dessa descoberta constante. Gosto de provocar. Gosto de ser com você. Eu gosto de gostar de você. E eu queria ser agradável na sua vida.  Você agora talvez não esteja entendendo nada. E se já me dizia que está confuso, que não sabe direito o que sente, talvez agora esteja mais confuso ainda, ou então já tenha descoberto qualquer outra coisa que ainda não tivesse percebido. Isso é um risco: Insistir em falar quando devia calar. Dizer coisas complicadas pra justificar uma personalidade cheia de esquisitices. Isso é um risco: Talvez te afaste de mim. Mas quer saber por que isso tudo? Queria mais desabafar, revelar, dividir, confessar, assumir...do que cogitar essa possibilidade de distanciamento dessa coisa tão boba que faz esse coração bater tão rápido.
Era isso. E ainda é.


...datado de 11/05

segunda-feira, 27 de junho de 2011

domingo, 26 de junho de 2011

Na lembrança.

- E o que a gente vira quando vai embora de alguém?
E o Senhô respondeu:
- Uns viram pó. Outros caem igual estrela do céu. Outro só viram a esquina... E têm aqueles que nunca vão embora.
- Não? E eles ficam onde, Senhô?
- Na lembrança

|vanessa leonardi|

...

"Porque vê é permitido. Mas sentir, já é perigoso."

Caio F. de Abreu

... há males que veem para o bem.

E há bem que nos acostuma mal.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

...pra sempre.

...até então eu achei que o pra sempre fosse coisa de gente iludida. Coisa de gente que, frustrada com o passado, com o presente, fica depositando migalhas de sonhos nas costas de alguém que não tem obrigação nenhuma de ser príncipe sem graça, somente porque uma menina tonta acha que é princesa. Até você chegar eu sempre achei que o “pra sempre” fosse esse tipo de coisa que a gente conta pra fazer criança dormir sorrindo. Só. Mas com você, eu descobri que o “pra sempre” não precisa ser no fim.  Que qualquer minuto roubado, depois que o relógio esgota o tempo, pode ser o “pra sempre” mais intenso. Que um simples cafuné quando o corpo está cansado pode ser o “pra sempre” mais carinhoso que exista. Que a profundidade do olhar e a delícia do beijo podem ser o “pra sempre” mais gostoso de todos. Que o rosto colado, e o caminhar de mãos dadas pode ser o “pra sempre” mais terno. Que a “chatice” das piadas sem graça [umas bem engraçadas] pode ser o “pra sempre” mais alto astral de todos. Que todos os momentos vividos com alguém como você representam o “pra sempre” mais belo, o mais verdadeiro, o mais desejado. 

E é muito bom ter a certeza de que foi tudo do jeitinho que foi. 

Quem passa na vida de alguém com um dom desses, “pra sempre” vai ficar.



Ivanúcia Lopes 

Vou sempre descalça, pisando com leveza, olhando com cuidado.

http://weheartit.com/entry/8421382
Permiti o choro para poder fluir, não que soubesse que isso realmente aconteceria. Mas para sentir que alguém me ouviria. As coisas são como estão e não há choro que mude isso. Aliás, desconheço qualquer forma rápida de cura. É preciso consciência das coisas, viver é trabalhoso e muitas vezes me atrapalho toda. É um choro que dura alguns minutos, eu me rendo a ele. É aprendizado, lembrança. Nuvens sempre passam, momentos chuvosos também. É pensamento divino.

Na verdade era só um acordar da alma. Não acredito em botões mágicos nem em choros revitalizantes. Eu acredito em fé, em vontade de mudar, de crescer, de fazer de novo ou de fazer-se novo.
 
|vanessa leonardi|

Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor

http://weheartit.com/entry/11125142
"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!”

quarta-feira, 22 de junho de 2011

...como cicatrizes.

Pessoas são como cicatrizes. E embora cicatrizadas, algumas sempre doem. Elas se doem pelo golpe desferido ou pela culpa de permitir a alguém abrir tantos cortes em nosso próprio peito. Cicatrizes, são marcas que a gente carrega pra sempre. Umas provocadas, outras inevitáveis. E outras ainda que você tentaria de tudo para suavizar. Mas eu penso: deve haver um jeito de pedir que as pessoas cheguem de leve, e que levem, quando forem, todas as armas usadas. Deve haver uma forma de dizer a alguém que quando vier, não faça julgamentos pelos traços que já tenho, porque por mais que a gente insista, eles sempre vão existir. Mas eu desejo, todos os dias, e agora, e hoje, mais do que nunca: que todas essas marcas que trago aqui, não me impeçam de marcar a vida de alguém, com felicidade.


Ivanúcia Lopes


terça-feira, 21 de junho de 2011

A vida é assim, esquenta e esfria,aperta e depois afrouxa e depois desinquieta.

http://weheartit.com/entry/11056200
É engraçada essa vida, o que você acha que é certo, se torna errado, o que você acha que é pra sempre, termina de um modo que faz doer cada pedaçinho do seu 'coração',quando você cria esperanças ainda é pior. Me pego pensando porque a vida tem que ser tão difícil pra uns, ou se sou eu que a complico.

Não sei fingir felicidade, não sei ser indiferente, não sei não sentir de verdade, sou uma chorona assumida e fraca. Odeio ter que admitir , mas essa personalidade faz parte de mim, na verdade ela é que dita as ordens. O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim, esquenta e esfria,aperta e depois afrouxa e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.O que Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre e amar, no meio da alegria. E ainda mais alegre no meio da tristeza. Todo caminho da gente é resvaloso,mas cair não prejudica demais, a gente levanta, a gente sobe, a gente volta.'


(João Guimarães Rosa)

Tem cheiro de Poesia!!

A título de informação, e para conhecimento de todos, o Blog Autores S/A está realizando o I Concurso de Poesias. Aos meus leitores, eu gostaria de informar que estou na final. Juntamente com mais 16 candidatos que venceram a 1ª fase do concurso, com 94 incritos (sendo apenas 1 inscrição do RN - A minha!!).

O concurso conta com um renomado corpo de jurados, e uma excelente organização.

Desde já, conto com o apoio de todos, para que visitem a página, leiam os poemas e votem (em mim, claro! rs) quando o voto for do público.

Ah! tem um link meu lá também! tá? é o http://autoressa.blogspot.com/2011/05/ivanucia-lopes.html Querendo deixar comentários, dicas...o espaço está a disposição. E será ótimo!

Basta clicar aqui.


 Beijos!!desde já conto com o apoio de todos!


Ivanúcia Lopes

segunda-feira, 13 de junho de 2011

...saberíamos.

"Poderíamos casar, teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos."

Caio Fernando Abreu

domingo, 12 de junho de 2011

...

"Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo."

(Martha Medeiros)

Amar é uma interessante e bonita forma de carecer, de ser fraco, de entregar os pontos, de viver sem armas [...]

"O amor sobrevive no mistério, no desvelamento cotidiano que nunca chega à plenitude, porque tudo o que já está pleno, já está pronto. O amor só é amor porque é inacabado, é metade que chama, implora e pede clemência. Amar é uma interessante e bonita forma de carecer, de ser fraco, de entregar os pontos, de viver sem armas, como se por um instante, só por um instante, a luta que marca a nossa sobrevivência tivesse entrado em estado de trégua.

O encanto que sobrevive no amor só pode durar enquanto se estenderem os segredos que sacralizam a relação. E por isso é necessário retirar as sandálias dos pés, pisar com leveza, olhar com cuidado. O amor é amigo do silêncio. Sobrevive no querer dizer, na tentativa frustrada de verbalizar o que é a crença da alma, o sustento do espírito.


A saudade é benéfica ao amor. Distantes, os amantes mensuram o tamanho do bem-querer. Medida que se descobre nos desconcertos da ausência, no engasgo constante da recordação, recurso que faz voltar no tempo, engana as horas, aproxima as peles, diminui as estradas, ancora os navios, pousa os aviões, faz chegar os ausentes."

(Fábio de Melo - Mulheres de Aço e de Flores)
 
FELIZ DIA DOS NAMORADOS! 
 

terça-feira, 7 de junho de 2011

...eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem

“Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, to despreocupado, com a vida eu to de bem.”

Caio F. de Abreu

Bem vinda 'Alegria'

"Porque tão importante quanto não fechar a porta para os sofrimentos é não impedir, depois, a entrada das alegrias..."


Pe. Fábio de Melo

...

http://weheartit.com/entry/10559238
Era pra estar lá. 
Daquele jeito. 
Com o riso amarelo, 
o olhar pequeno 
e os braços ocupados unindo o meu peito ao teu.
Do nosso jeito.