sábado, 31 de julho de 2010

Às vezes, cacos devem permanecer cacos. 
Pequenos pedaços, separados pra sempre, depois da queda que os criou. 


(Eduardo Baszczin)




"Ainda vai levar um tempo pra fechar o que feriu por dentro.Natural que seja assim, tanto pra você quanto pra mim."



Lulu Santos


"Cada voz que canta o amor não diz tudo o que quer dizer. Tudo o que cala fala mais alto ao coração." 





Lulu Santos

"Quero um amor doido, doido-de-pedra, que amoleça na ternura, que desmonte no sorriso, que reconte os dedos para lembrar como se desmonta um sorriso. Que esqueça mês, que esqueça dia, que esqueça conta de banco. Que pare para assistir à chuva, que desenhe círculos no papel ao falar ao telefone, que faça aviõezinhos de papel com os folhetos do sinal, que roa os dentes pela ansiedade do encontro."



Leandro Lima

sexta-feira, 30 de julho de 2010



“A gente cai, levanta, uns seguem de perna quebrada, outros de miolo mole, e muitos vão sem coração. Mas cada um vai como pode." 



(Maitê Proênça)
Se eu não me esforçar agora, não der o melhor de mim agora...o mérito depois talvez não seja meu...mas do cansaço...da acomodação...das inconsequências..

“Duas estradas se bifurcaram no meio da minha vida, ouvi um Sábio dizer. Peguei a estrada menos usada. E isso fez toda a diferença cada noite e cada dia.” 

A Cabana – William P. Young
´"Tenho medo de não conseguir manter minhas ideias, meus pontos de vista, minhas escolhas. A minha cabeça é como um guarda que não permite que eu estacione em local algum. Eu fico dando voltas e voltas no meu cérebro e quando encontro uma vaga para ocupar, o guarda diz: circulando, circulando . Você está me entendendo? Eu não tenho área de repouso. Raramente desligo, e quando isso acontece, não dá nem tempo para o motor esfriar."


quinta-feira, 29 de julho de 2010


O mundo é cheio de inesperadas reviravoltas.
E quando você acha que é dono do seu lugar,
o chão sob você sai do lugar e te derruba.
Se você estiver com sorte,
acabará com nada mais do que um arranhão,
algo que um band-aid irá cobrir.

Mas, alguns machucados são mais profundos
do que aparentam ser e necessitam de mais
cuidados do que um curativo.

... e com alguns machucados, você tem que
tirar o band-aid, deixá-lo respirar e dá-los
tempo para sarar.


(Grey's Anatomy)

"Tenho a alma cheia de trevos de quatro folhas."



"Tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe. Se a realidade te alimenta com merda, meu irmão, a mente pode te alimentar com flores. Eu não estou fazendo nada de errado. Só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas. Você acha que isso é mau?




"Todo mundo tem restos de sonhos e cacos de vida desgastados. E por isso, algumas pessoas não podem oferecer mais que migalhas."

"[Eu] Pensava que nós seguíamos caminhos já feitos, mas parece que não os há. O nosso ir faz o caminho.


Desde o dia em que eu perdi minha mãe
Eu me perdi de mim também
Perdi no mundo o que era o mundo meu
- minha mãe.
E eu não sei o que sou sem ela
Só sei que ela me deixou
Por que ela me deixou?
Por que ela me deixou?
Ela me deixou.


Nando Reis

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Não tenha medo de andar com suas próprias pernas.
Não tenha medo de cantar com sua própria voz.
Não tenha medo de tentar defender suas idéias,
Nem a vergonha de pedir ajuda a alguém.



Thedy Corrêa



O vazio é um meio de transporte
Pra quem tem coração cheio: Cheio de vazios que transbordam.


Cheio de vazio - Moska
Vou perseguir tudo aquilo que Deus já escolheu pra mim
Vou persistir, e mesmo nas marcas daquela dor
do que ficou, vou me lembrar e realizar o sonho mais lindo que Deus sonhou.
... acho que a vida é um processo... É como subir uma montanha. Mesmo que no fim não se esteja tão forte fisicamente, a paisagem visualizada é melhor.
Pensava que escrevia por timidez, por não saber falar, pelas dificuldades de encarar a verdade enquanto ardia, arvorava, arfava. Há muitos que ainda acreditam que começaram a escrever pela covardia de abrir a boca. Nas cartas de amor, por exemplo, eu me declarava para quem gostava pelo papel, e não pela pele, ainda que o caderno seja pele de um figo. O figo, assim como a literatura, é descascado com as unhas, dispensando facas e canivetes. Não sei descascar laranjas e olhos com as unhas, e sim com os dentes. Com as mãos, sei descascar a boca do figo e o figo da boca, mais nada. Acreditei mesmo que escrever era uma fuga, pedra ignorada, silêncio espalhado, um subterfúgio, que não estava assumindo uma atitude e buscava me esconder, me retrair, me diminuir. Mas não. Escrever é queimar o papel de qualquer forma. Desde o princípio, foi a maior coragem, nunca uma desistência, nunca um recuo, e sim avanço e aceitação. Deixar de falar de si para falar como se fosse o outro. Deixar a solidão da voz para fazer letra acompanhada, emendada, uma dependendo da próxima garfada para alongar a respiração. Baixa-se o rosto para levantar o verbo. É necessário mais coragem para escrever do que falar, porque a escrita não depende só de ti. Nasce no momento em que será lida.

terça-feira, 27 de julho de 2010





O amor é tudo, acende a vida,
deixa o tempo mais bonito,
e a gente sonha,
a gente busca o infinito,
se sente leve,
tem vontade de voar.









Diz pra mim - Nando Cordel
Mãe, tanta coisa aconteceu
Mãe, tanto tempo se passou e eu
Não sou mais um menino, eu cresci.

Mãe, as lembranças me acompanham
Eu tentei, resistir e esquecer,
Mas pensei, o que seria de mim
Sem ti.

Sem teu cuidar, sem teu carinho,
Sem tua atenção estou sozinho,
Mamãe, não posso viver sem você.


Mãe- Sérgio SAAS




...ainda bem que você me faz bem.

Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua.



A flor e o espinho - Lenine

Composição: Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito / Alcides Caminha


Qual é o teu segredo?
Do que você tem medo?
Não sou nenhum brinquedo,
Que pode se quebrar!


Me Odeie - Charlie Bronw
Sem saber se aquele oásis era miragem, preferiu desertar-se, com medo de sê-lo.
Não pense que não reparei nesse enorme peso que você carrega sobre seus ombros. Como se fosse um imenso saco de desejos conflitantes. Um piano de dúvidas. Ele sempre esteve aí. E o meu primeiro pecado foi não tirar esse peso de você. Eu sabia que com isso abriria uma brecha para que ladrões e aventureiros o fizessem. Sabia também que você, aliviada, permitiria. Sim, eu sabia. Não me queira mal por ter deixado isso acontecer. Se agi assim foi porque acreditei que ele estava aí pro seu bem. Que só carregando esse peso você ficaria forte. Foi porque acredito que não importa quantos pesos outras pessoas tirem de você, sempre surgirão novos fardos ainda maiores. Que só quando tiver força para suportá-los, perceberá que é a única pessoa que pode lidar com eles. Esse dia chegará, e então talvez me perdoe. Mesmo que tardiamente.



- É que nessas coisas de amor eu sempre dôo demais...
- Você usou o verbo 'doer' ou 'doar'?
- [Pausa] Pois é, também dá no mesmo..."


(Gian Fabra)

segunda-feira, 26 de julho de 2010



Ontem um menino que brincava me falou
Hoje é a semente do amanhã
Para não ter medo que este tempo vai passar
Não se desespere, nem pare de sonhar.



Gonzaguinha
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Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza.
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VOVÔ NEM É TÃO VELHO...

Uma tarde, o neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos e, de repente, perguntou:
- Quantos anos você tem, vovô?
E o avô respondeu:
- Bem, deixa-me pensar um pouco... Nasci antes da televisão, das vacinas contra a pólio, comidas congeladas, foto copiadora, lentes de contato e pílula anticoncepcional.
Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser nem patins on line.
Não se havia inventado ar-condicionado, lavadora, secadora (as roupas simplesmente secavam ao vento).
O homem nem havia chegado à lua, "gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.
Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar e rapazes não usavam piercings.
Nasci antes do computador, duplas carreiras universitárias e terapias de grupo.
Até completar 25 anos, chamava cada homem de "senhor" e cada mulher de "senhora" ou "senhorita".
No meu tempo, virgindade não produzia câncer.
Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a sermos responsáveis pelos nossos atos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que a gente comia quando estava com pressa.
Ter um bom relacionamento, era dar-se bem com os primos e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntas.
Não se conhecia telefone sem fio e muito menos celulares.
Nunca havíamos ouvido falar de música estereofônica, rádios FM, fitas cassetes, CDs, DVDs, máquinas de escrever elétricas, calculadoras (nem as mecânicas, quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livreto de anotações.
Aos relógios se dava corda a cada dia.
Não existia nada digital, nem relógios nem indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando em máquinas, não existiam cafeteiras automáticas, micro-ondas nem rádio-relógios-despertadores.
Para não falar dos videocassetes ou das filmadoras de vídeo.
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Havia somente em branco e preto e a revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, sua revelação era muito cara e demorada.
Se em algo lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China". Não se havia ouvido falar de "Pizza Hut", "McDonald's", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se compravam coisas por 5 e 10 centavos. Os sorvetes, as passagens de ônibus e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos.
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.
Agora me diga quantos anos acha que tenho?
- Hiii... vovô... mais de 200! Falou o neto.

...no dia dos avós

Já se foi o tempo em que a imagem das avós estava somente ligada aos almoços de domingo, à velha cadeira de balanço, óculos na ponta do nariz, roupas de lã antiga, jeitinho manso de falar e histórias de quando os tempos eram diferentes. Hoje, mais do que nunca, as avós assumem um papel muito importante na educação de seus netos e também na sociedade.

No dia 26 de julho comemoramos o Dia da Vovó – figura que aos poucos, foi se adaptando e assumindo novo papel de importância dentro do seio familiar. Agora, a tarefa que antes era somente brincar, levar as crianças à escola, preparar coisas gostosas e contar casos divertidos, divide espaço com uma carreira, estudo e novas obrigações. Embora a figura das vovós esteja mudando, uma coisa não pode, nem deve ser alterada – a postura de “mãe mais madura”, que com sua experiência, consegue levar com facilidade e naturalidade a relação com as crianças, pois ela já está consciente de todos os acertos e erros cometidos com os filhos. 

Esse dia foi escolhido para a comemoração porque é o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo. 

sexta-feira, 23 de julho de 2010

 
 
Todo o mundo é uma pessoa engraçada
E todo o mundo tem a alma emaranhada
Todo mundo tem uma infância que ressoa
No fundo de um bolso esquecido.
 
 

Tradução: Tout Le Monde -  Carla Bruni

Eu tô plugado na vida
Eu tô curando a ferida
As vezes eu me sinto
Uma bala perdida.


Lulu Santos

Não tente encontrar um sentido.
A verdade sozinha não é capaz de explicar tudo o que eu sinto e as verdades que eu digo nas vezes que eu minto


Thedy Corrêa



Tudo bem se não deu certo
Eu achei que nós chegamos tão perto
Mas agora com certeza eu enxergo
Que no fim eu amei por nós dois.



Thedy Corrêa

Pergunto-te onde se acha a minha vida

Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída

Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.

E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.

Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.


Cecília Meireles

Aprendi que a melhor homenagem que posso fazer a quem se foi é viver como ele gostaria que eu vivesse: bem, integralmente, saudavelmente, com alegrias possíveis e projetos até impossíveis.
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Lembro-me do passado, não com melancolia ou saudade, mas com a sabedoria da maturidade que me faz projetar no presente aquilo que, sendo belo, não se perdeu.
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Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
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"Ela tem em si água e deserto, povoamento e ermo, fartura e carência, medo e desafio. Tem em si a eloqüência e a absurda mudez, a surpresa e a antigüidade, o requinte e a rudeza."


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"A dor da sua partida trouxe toda a dor do mundo. De uma só vez. Mas agora já passa da meia noite. Não é mais nosso aniversário de fim e, pra te falar a verdade, eu já não sofro mais o nosso fim faz tempo. E pra te falar ainda mais a verdade, eu acho mesmo que você foi o príncipe que eu esperei a vida inteira. Você chegou e me levou embora. Levou embora a menina que tinha medo de sentir a vida e esperava uma salvação para tudo. Quem sobrou é essa desconhecida que se conhece muito bem em suas bizarrices, lê jornais todos os dias, substituiu o bege pela cor do verão, tem uns pais gente boa ainda que malucos, adora os poucos e estranhos amigos, não espera mais pelo cavalo branco mas fica ansiosa pelo início da novela e talvez esteja pronta para amar de verdade. Amar um homem e não um príncipe."

Tati Bernardi
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"Quando, finalmente, criou coragem e deixou de dar casa, comida e roupa lavada para a tal dor, ela desapareceu."
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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Faz tempo, mas é que me faltavam palavras



Já fazia um bom tempo que eu queria escrever, aliás, que eu precisava escrever. O hábito que antes me aliviava terapeuticamente parecia me assustar a cada dia. Sentia um misto de dor e medo, desejo e receio. E andei calada por aqui, mas sentindo pulsar em mim um monte de palavras que eu preferir engolir. Depois entendi a razão de minhas indigestões, e vi que a não assimilação dos fatos é que me causava mal estar. E eu que antes aliviava tudo com a ponta dos dedos nesse teclado reconhecia que sequer um sal de fruta funcionava pra aliviar isso que queima dentro de mim. Eu não conseguia sequer encarar o Word, meu amigo confidente de antes. E quando fazia, expunha o peso disso tudo monossilabicamente. E mesmo normal, sem negrito, tudo pesava. Uma e outra palavra parecia a extensão incomodada desse eu confuso. E frente àquela tela branca que pedia pra ser completa, eu me sentia incapaz. Um ser pedinte, mas de braços cruzados pelo orgulho. Um ser miserável, mas com reflexos de fortaleza pra dar e pra dar. Um misto de solidão e multidão, que se fazia triste pelas duas razões. Um ser racionalizado pela sequência, e emocionado pelas conseqüências. Fragilizado pelas quedas e perdas. E encapuzado com medo de ser visto como é.
Estava intimidada por aquela tela. Tão branca. Tão leve. Tão vazia, como eu. E sempre que eu começava, não conseguia terminar. Duas linhas, quando muito. Resumidas, como eu. Era como um espelho que refletia uma imagem triste, que eu não queria enxergar, mas era eu. Sentia-me envergonhada de me expor assim, daquele jeito. E calei-me. Calei porque não encontrava forças pra me encarar. Calei porque se eu falasse poderia parecer frágil demais. Calei porque se eu não fizesse isso, eu poderia ter explodido, porque eu nunca tive mesmo o dom de tocar violão pra cantar minhas dores, extravasar as angústias, nem de fazer músicas com tantos lamentos. Se o mal do século é a solidão, tenho medo, então. E eu que nunca quis ser fraca, nem quis ter a pena de ninguém, agora estava calada porque se eu falasse poderia não falar nada ou falar demais. Calei porque tinha receio de alguém me encontrar molhando as teclas desse computador de lágrimas, e ter que engolir o choro. Engolir o choro nunca me fez bem. Só mal. Mas é preciso encarar-me. Não deve ser tão ruim assim. Pode ser dolorido, mas é preciso.
Vai ver não é que a inspiração tenha passado por longe...é que talvez eu tenha tomado tanto o choro que acabei frustrada. Preferi o raso. O reto. O pouco. O nada. Tinha medo de fraquejar com as palavras, de debulhar-me em lágrimas e achar que essa máquina aqui poderia rir de mim. É, parece loucura. Eu também já pensei nisso. Mas agora, que me encorajei pra falar, penso que seja preciso mais coragem ainda pra não calar mais desse jeito. É que a falta de base me deixa no chão. É que a dor da saudade às vezes me impede de levantar. Quanta confusão! E nesse peito “band-aidizado”, chora uma menina que queria a benção de mãe, o cheiro de mãe, a presença de mãe na sua vida. Chora uma menina que precisa de aconchego, que se doa por amor, mas que foge com medo de sentir mais dor. Chora uma menina que se enche de sonhos e se esvazia, vez por outra, como bexiga que solta o ar, ou explode de vez.
E agora, ainda chora aquela menina, mas quer fazer isso com mais leveza, como agora que escreve aliviando-se dessa dor que atormenta, desse vazio que transborda e das verdades inventadas pra “eufemizar” as duras mentiras.
E agora, embebida pela doçura, pela coragem de antes e pela sensibilidade de sempre, preciso encarar as coisas sem receio de cair. Encarar o espelho sem medo de enxergar-me. Olhar pra o chão e recolher os sonhos que pisei sem pena, olhar pra frente pra sonhar os outros que deixei passar, e viver o agora, com os sonhos que ainda tenho pra sonhar. Agora ainda tenho dores em mim, e talvez eu ainda as tenha por muito tempo. Pra sempre. Mas de tudo, resta-me a certeza de que tudo vale. A certeza de que ser feliz dar tempo.
E de repente, permiti me ver, novamente. Meus cabelos nem estavam tão feios, meus olhos têm brilho, meu peito tem saudade, é verdade. Mas é assim que tem que ser. Riso e lágrima dentro e fora de mim. 
 (...)
Ps.:Word amigo meu. A folha branca agora parece completa. 



À minha mãe, minha flor, minha luz...



Nessas tardes...
Levo uma flor, e uma chama.
E te chamos, e volto com cheiro de rosa pra iluminar minha vida. Essa vida que não é só minha.
...faz de conta que ela nao estava chorando por dentro -
pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado;
ela saíra agora da voracidade de viver.
"Eu podia contar minhas aventuras... a começar desta manhã”, disse Alice, um pouco envergonhada. “Não adiantaria falar sobre ontem, porque até então eu era uma pessoa diferente."

(Alice in Wonderland)

terça-feira, 20 de julho de 2010

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril" 


Antes conhecida com cubo de gelo,
Agora chora ao ver um filme triste,
Ao ouvir músicas que contem sua história...
Não desaba.
Derruba apenas algumas lágrimas.
Buscando resposta sem saber as perguntas...
Ela está triste.
Sua vida está desmoronando.
Mas ela nunca esteve tão bem consigo mesma...

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Não sou eu. São as músicas. Eu sou só o carteiro. Eu entrego as músicas."
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Bob Dylan
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Sou tudo e mais um pouco pois sou absolutamente nada. Sou tudo que falo. Mas principalmente tudo que calo. 


(Carol Régis)


segunda-feira, 19 de julho de 2010

"O vento varre a noite de uma vez e o frio que eu sentia vai também."


Leoni






Deixar de lado aquela velha estória.
O verso usado.
O canto antigo.



Gonzaguinha





Eu desejo a você toda a paz que há na terra.
Que toda a felicidade prevaleça sobre a guerra.
Que a vida seja tudo que na
vida lhe interessa.




Beto Botelho